Os setenta e sete deputados estaduais eleitos em Minas assumem o mandato apenas no próximo dia 1º, mas, mesmo antes da cerimônia de posse, as articulações pela disputa de uma vaga nas comissões mais expressivas estão a todo vapor.
Tanto o bloco da base do governo quanto o da oposição tentam costurar alianças que favoreçam o acesso às mais concorridas, como as comissões de Constituição e Justiça (CCJ), Administração Pública e Fiscalização Financeira e Orçamentária (FFO). Estas são as maiores, com sete membros cada, e as mais estratégicas pois praticamente todos os projetos passam por elas.
De acordo com o líder do PSDB em Minas, Lafayette Andrada, a definição das comissões depende da criação dos blocos, pois antes da posse não se conhece o tamanho destes, e é isso o que interfere na formação das comissões.
“Os blocos serão definidos na primeira semana de fevereiro e, o maior deles, é o primeiro a escolher a comissão. As maiores são realmente as mais estratégicas e sabemos que o governo vai batalhar para pegar as três. E aí a oposição vai lutar, já que a nossa briga é pela presidência. Seguramente estaremos nas três, mas a presidência é o que mais nos interessa por questões de liderança”, conta o deputado.
Para o líder do governo na Casa, deputado Durval Ângelo (PT), a ideia é ter um representante de cada partido por comissão. Ele afirma que a dinâmica do governo é ouvir e discutir, principalmente em se tratando dos novatos.
“Há aproximadamente dez anos entramos em acordo por sermos minoria. Hoje queremos um representante de cada partido nas comissões, com a estratégia de fazer blocos e distribuir proporcionalmente”.
Já o deputado Gustavo Corrêa (DEM) afirma que o partido trabalha para a formação de um grande bloco, articulando com outros parlamentares e colhendo assinaturas para que possam se fortalecer e se tornar a maioria na casa, garantindo a vaga.
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