Em visita ao Ceará, onde participou ontem da abertura da Fenacam 2014
– Feira Nacional do Camarão, o ministro da Pesca Eduardo Lopes (PRB) informou ter perspectivas positivas para o futuro da pesca no Brasil, começando com investimentos
a partir de 2015, com a implementação de novas políticas públicas
voltadas ao setor, com a renovação da frota brasileira e do plano safra
para a pesca, ampliação das área de produção, além da estruturação da
cadeia produtiva em locais de amplo potencial no País, como na região do
Castanhão, onde, segundo ele, “já foram licitadas algumas áreas”.
A ideia é que sejam instaladas fábricas de ração, gelo e frigoríficos
no entorno de áreas onde a produção de pescado seja expressiva. “Ainda
não temos como prever um valor para os investimentos que virão para o
Ceará, mas posso dizer que eles vão atender as demandas e ao objetivo de
crescer cada vez mais”, frisa.
As iniciativas previstas pelo Ministério da Pesca e Aquicultura
(MPA), segundo ele, integram um rol de 13 pautas apresentadas pela pasta
para o plano de governo da segunda gestão da presidente Dilma e “já
foram todas aprovadas, inclusive mais crédito para o setor”, avisa.
Desafios
Otimista, o ministro não se deixa intimidar pelos desafios que a
pesca terá a partir do próximo ano. “Os desafios são do tamanho do
setor. Temos projetos para curto, médio e longo prazos. O Brasil tem
potencial extraordinário para a pesca e a aquicultura. E incluo ai a
carcinicultura, na qual o Ceará é muito forte”.
Ele lembrou que o Brasil tem mais de 8,5 mil quilômetros de costa
marítima, possui 12% da água doce do mundo e mais de mil reservatórios.
Apesar disso, produz e consome muito aquém do seu potencial. “Hoje
consumimos em média 14,5 kg por habitante, enquanto o mínimo ideal é 18
kg/hab/ano. Temos muito para crescer. Na produção, em dois anos,
crescemos de 1,4 milhões de toneladas para os atuais 2,5 milhões de
toneladas. Mas o Brasil tem condições de chegar a produzir 30 milhões de
toneladas/ano. É dez vezes mais do que produzimos “, frisa.
Visita
Antes de ir à Fenacam, Eduardo Lopes visitou a Maris, que está
lançando no evento seu primeiro produto da linha de camarões empanados,
em embalagem de 200 gramas. Na fazenda, localizada no município de
Aracati, são produzidas 4.650 ton/ano de camarão. A produção atende a
demanda nacional de varejo da marca. Na indústria Maris a produção é de
60 toneladas/dia – número que deve dobrar em 2015, com a implantação do novo laboratório e novos viveiros.
“Nós democratizamos o consumo de camarão no País. Estamos presentes
em mais de dois mil pontos de venda. Nos dois últimos anos, nossa
participação no varejo nacional dobrou e com a ampliação vamos crescer
mais”, diz o diretor comercial da Maris, Ricardo Pedroza.
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