sexta-feira, 21 de novembro de 2014

AS ARTICULAÇÕES NA ASSEMBLEIA DE MINAS

Nas conversas conduzidas pelo vice-governador eleito Antônio Andrade (PMDB), pelo futuro líder do governo na Casa, deputado estadual Durval Ângelo (PT), e pelo presidente do PT em Minas, Odair Cunha, para a formação da base de governo de Pimentel, dois blocos parlamentares estão sendo formados. “São as primeiras rodadas, as conversas estão boas, mas ainda não são conclusivas”, afirma Antônio Andrade, que tem mantido interlocução com todas as legendas, à exceção do PSDB, do DEM e do PP, que hoje integram o governo do estado e estão no núcleo de sustentação ao grupo tucano em Minas. A ideia é formar o bloco da maioria com o PT, PMDB, PCdoB, Pros e PRB, que somam 26 deputados, com as legendas que integraram a coligação para a eleição de Fernando Pimentel.

Além desse bloco, o futuro governo trabalha para ter o apoio do bloco “independente” – auxiliar de apoio ao governo, que vem sendo puxado pelo PSD, pelo PV e pelo PR. Esse bloco – de partidos que hoje estão na base do governo Alberto Pinto Coelho -, agregaria ainda outros parlamentares de pequenas legendas. Todos eles fazem parte da sustentação de Dilma Rousseff (PT) no plano nacional. “No início de dezembro, teremos uma posição definitiva de quem será base”, assinala Antônio Andrade. “Queremos uma base com 55 deputados”, diz.

Na oposição, estarão PSDB, DEM, PP e PPS, que somam 17 parlamentares, e Dilzon Melo, presidente do PTB. Escalados pela experiência para a liderança dos blocos da oposição e da minoria estão, respectivamente, João Leite (PSDB) e Gustavo Corrêa (DEM). “O PP vai ser oposição firme, responsável e programático. Perdemos as eleições e temos de ser coerentes”, afirma o presidente da Assembleia, Dinis Pinheiro, que foi vice na chapa de Pimenta da Veiga na disputa pelo Palácio Tiradentes.

A relação entre situação e oposição na Casa, contudo, não afetará reformas internas que a instituição vem promovendo e precisará aprofundar para ampliar a interação com a sociedade, afirma Durval Ângelo. “Temos de ter claro que a dinâmica da Assembleia de independência e autonomia está acima dessa discussão de oposição e situação. Não podemos deixar, enquanto poder, de superar as questões partidárias e fazer algo pela sociedade”, afirma.

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