Eugênio Moraes/Hoje em Dia/Arquivo
Presidente do PSB, Júlio Delgado, e o professor e ambientalista Apolo Heringer
Além de Pimenta da Veiga (PSDB) e Fernando Pimentel (PT), o eleitor mineiro deve ter pelo menos outros dois candidatos disputando o voto popular nas eleições de outubro deste ano, na corrida ao Palácio Tiradentes. Um nome viria do PSB e outro já foi anunciado pelo PSOL, que confirmou na última segunda-feira (12) o militante Fidélis Alcântara como pré-candidato ao governo de Minas.
Porém, no PSB ainda deve ser travada uma disputa interna entre o nome indicado pela Rede Sustentabilidade, Apolo Heringer, e um da própria legenda, possivelmente o deputado Júlio Delgado. A Rede não foi criada oficialmente, mas fechou parceria com o PSB para as eleições de 2014.
O presidente do PSB, Júlio Delgado, que defendia a aliança com os tucanos, admite que esta tese esmoreceu. “Depois das vindas do Eduardo Campos a Minas por duas vezes, recentemente, primeiro em Belo Horizonte e depois em Uberaba, ele mesmo observou que existia um sentimento claro das pessoas de ouvir mais, ter candidatura, discutir um pouco mais esse processo em virtude de os nomes colocados para disputa no Estado não estarem empolgando o eleitorado”, disse. Segundo Delgado, o martelo sobre a candidatura própria do partido deve ser batido até o final do mês.
Apesar de não confirmar seu nome para disputa interna do partido, Delgado demonstra disposição para encarar uma eleição estadual. “Eu nunca trabalhei para isso, mas se for chamado ao desafio, num projeto partidário, da mesma forma nunca fui de fugir à luta”.
O professor e ambientalista Apolo Heringer se disse surpreso com a colocação do nome de Júlio Delgado como possível pré-candidato do PSB. “Para mim é uma surpresa. Até sábado ele falava que a maioria queria a aliança com o PSDB. Como ele vai enfrentar uma disputa contra um candidato (Pimenta da Veiga) que ele estava defendendo até então? Fica esquisito a pessoa mudar de ideia logo que é derrotada a tese dela. Mas tudo pode acontecer”, falou.
Para Heringer o nome de Delgado seria um plano B. “Como fracassou a ideia do apoio ao PSDB, há risco de lançar um candidato apenas para constar, mas o PSB está preparado para não aceitar isso. A tendência é configurar uma candidatura para fazer frente à velha política. Para a população, Pimentel e Pimenta estão ficando muito parecidos. Não é só lançar uma candidatura própria. Tem que ser uma candidatura que vai instalar um novo jeito de fazer política”.
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