Ex-governador não compareceu nesta quinta-feira para depor como testemunha no inquérito civil do Ministério Público de São Paulo que apura a compra de 320 trens da CPTM em 2008; advogados de José Serra alegaram que o tucano não teve acesso aos autos; promotor Cesar Dario Mariano, que conduz a investigação, diz que "não está investigando" o ex-governador e ressalta que ele "é testemunha no inquérito"; executivo da Siemens afirmou em depoimento ter sido pressionado por Serra a não interferir em licitação de trens que teria como vitoriosa a empresa espanhola CAF
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SP 247 – O ex-governador José Serra não compareceu a depoimento que daria como testemunha em um inquérito civil do Ministério Público de São Paulo. A ação apura irregularidades em contrato firmado pela CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) em 2008.
Os advogados de Serra alegaram que não tiveram acesso aos autos e que o ex-governador não foi notificado a tempo. Um executivo da Siemens denunciou, em depoimento, que foi pressionado pelo próprio governador a não interferir em uma licitação de prestação de serviço no setor metroferroviário que teria como vitoriosa a empresa espanhola CAF. A informação é do jornalista Fausto Macedo, do jornal O Estado de S. Paulo.
Serra contribuiria como testemunha, conforme esclareceu o promotor Cesar Dario Mariano, que conduz a investigação da compra de 320 trens da CPTM. Serra "não está sendo investigado", disse ele. O tucano "é testemunha no inquérito", acrescentou Mariano. Serra será novamente notificado a depor.
Leia abaixo reportagem da revista IstoÉ do último fim de semana, reproduzida pelo 247:
MP VÊ SERRA ENVOLVIDO NO CARTEL DO METRÔ
Reportagem da revista IstoÉ cita duas investigações na Procuradoria-Geral de São Paulo envolvendo o ex-governador do PSDB no esquema de cartel do transporte; a primeira trata da pressão que o tucano exerceu para que a espanhola CAF vencesse uma licitação durante seu governo (2007-2010); em depoimento revelador, ex-dirigente da Siemens Nelson Branco Marchetti conta que foi pressionado por Serra a desistir de medidas judiciais para anular a vitória da empresa; outro processo investiga omissão do tucano em relação ao esquema, uma vez que ele recebeu alertas do Tribunal de Contas, Ministério Público e até do Banco Mundial sobre o caso; há ainda apuração de contratos suspeitos de irregularidades
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