Ainda de acordo com a Folha de São Paulo, por enquanto, o único fator que pode causar alguma disrupção para Dilma Rousseff no cenário da eleição presidencial é a eventual entrada de Joaquim Barbosa e Marina Silva na disputa --algo que hoje parece improvável. Nessa hipótese testada pelo Datafolha na pesquisa dos dias 19 e 20, Dilma Rousseff (PT) lidera com 40%.
No entanto, a soma dos adversários da presidente chega a 43%, assim divididos: Marina Silva (PSB) pontua 17%; Joaquim Barbosa (sem partido) tem 14% e Aécio Neves (PSDB) marca 12%. Como a margem de erro do levantamento é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos, não é possível dizer que haveria segundo turno. Há uma situação de empate técnico quase no limite estatístico da pesquisa. Ainda assim, essa seria hoje a única situação em que a presidente Dilma Rousseff ficaria mais apertada para vencer a disputa pelo Planalto.
Quando sai Marina Silva e entra Eduardo Campos, a taxa de intenção de votos do candidato do PSB é de 8%. Aécio fica com 14%. Joaquim pontua 16%. Juntos, os três somam 38% contra 42% de Dilma Rousseff. A diferença de quatro pontos percentuais é o limite máximo da margem de erro --uma situação pouco provável de se materializar na prática.
O Datafolha testou os nomes de Joaquim Barbosa e de Marina Silva porque ambos sempre aparecem nas análises políticas de vários partidos. Mas eles têm dado sinais de que não participarão da corrida presidencial de outubro deste ano. Marina Silva pode não disputar nenhum cargo ou, opção mais provável hoje, ser a candidata a vice-presidente na chapa encabeçada por Eduardo Campos.
Joaquim Barbosa tem reiterado que não será candidato a presidente da República neste ano. Deixa em aberto nas suas declarações uma eventual disputa a outros cargos ""por exemplo, a vaga ao Senado pelo Estado do Rio de Janeiro, onde o magistrado tem domicílio eleitoral. Para estar apto a disputar um cargo, Barbosa precisa deixar o STF até 5 de abril (seis meses antes da eleição) e se filiar a um partido.
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