segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

MINAS GERAIS: VETERANOS ANUNCIAM QUE VÃO DEIXAR A POLÍTICA

ISABELLA LACERDA

Depois de colherem por anos os “louros” da vida pública, políticos de renome em Minas Gerais pretendem sair de cena. Embora alguns se mostrem desiludidos com a atividade, não deixam de passar o bastão para os filhos. O hoje deputado federal, ex-governador do Estado e ex-prefeito de Contagem Newton Cardoso (PMDB) promete abandonar a política neste ano, desistindo de tentar a reeleição para o Legislativo. Mas uma nova estratégia já está em curso: a eleição do seu filho Newton Cardoso Júnior para a Câmara dos Deputados.
É natural a sucessão. Estou no meu terceiro mandato como deputado federal, já fui prefeito, e pretendo me dedicar à eleição do meu filho, que está seguindo meu caminho”, explica o peemedebista.
Segundo ele, seu próximo objetivo é transferir parte de seus 137 mil votos obtidos na eleição de 2010 para Newton Júnior. Após isso, ele pretende se dedicar à vida de empresário, até “decidir se está mesmo fora das disputas eleitorais”.
Quem já deixou a vida de parlamentar há mais tempo e não pretende retornar é Virgílio Guimarães (PT). Ex-deputado federal e ex-vereador de Belo Horizonte, o petista nega qualquer pretensão de voltar a disputar cargos eletivos. Segundo ele, o objetivo principal é manter o mandato de seu filho Gabriel Guimarães (PT), eleito deputado federal pela primeira vez em 2010.
“Não tenho nenhuma vontade. Meu filho é candidato a deputado novamente, e o que eu quero é fazer campanha para ele, para o ministro Fernando Pimentel (pré-candidato ao governo de Minas) e para a presidente Dilma”, explica.
Segundo Virgílio, sua trajetória na política não pode ser considerada uma desilusão. “Larguei porque acho complicado fazer a minha campanha e a do meu filho juntas. Continuo na política, mas com uma função diferente da que eu tinha”, finaliza.
Sem volta. Um dos fundadores do PT, o ex-vereador de Belo Horizonte Carlão Pereira, também é enfático ao descartar um retorno à vida pública. “Definitivamente, não. Com isso, eu não trabalho mais”, assegura.
O petista, porém, se diz desiludido com a política. “Nunca tive o perfil. Ter que ficar dando cotovelada no seu colega de partido para conseguir algo é impensável para mim. Acabou perdendo o sentido, já que não damos conta de fazer nada tão importante, como a reforma política. Dei minha contribuição e, agora, vou cuidar da minha família”, explica.

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