Uma mistura de
ritmos, graça e simpatia. Assim foi o dia 20 de outubro em Paracatu,
último dia de festa na Avenida Olegário Maciel, local onde se
concentraram algumas das principais atividades preparadas para celebrar
os 215 anos de Emancipação Política da cidade.
HISTÓRIA
Antes da chegada dos portugueses ao continente americano, a porção central do Brasil era ocupada por indígenas do tronco linguístico macro-jê, como os acroás, os xacriabás, os xavantes, os caiapós, os javaés, etc.7
Paracatu, desde 1586, já era conhecida por europeus pela primeira bandeira
percorrida pela cidade: a bandeira de Domingos Luis Grau.
Posteriormente, sucessivas outras bandeiras passaram pela região, como
as de Antônio Macedo (1590), Domingos Rodrigues (1596), Domingos
Fernandes (1599) e Nicolau Barreto (1602-1604). Entretanto o povoado
surgiu efetivamente com a chegada das bandeiras de Felisberto Caldera
Brant e de José Rodrigues Fróis com a descoberta das abundantes jazidas
de ouro e prata apesar de um certo tipo de povoamento, com o ciclo do
couro, ter se iniciado anteriormente. Assim surgiu o Arraial de São Luiz
e Sant'Ana das Minas do Paracatu.
O título de Vila do Paracatu do Príncipe foi dado por alvará-régio de dona Maria, rainha de Portugal, em 20 de outubro de 1798,
atendendo a consulta do Conselho Ultramarino. Pertencia à Comarca do
Rio das Velhas, com sede em Sabará e passou a denominar-se Vila do
Paracatu do Príncipe. No mesmo alvará, foi criado, na vila, o lugar de
juiz de fora, civil, crime e órfãos "com os ordenados e emolumentos que
vence o juiz de fora de Mariana."
Por carta-régia de 4 de março de 1799, "Sua Majestade foi servida a
fazer Mercê ao Bacharel José Gregório de Moraes Navarro do lugar de Juiz
de Fora" da villa de Paracatu, tomando este posse em 14 de dezembro de
1799. A primeira Câmara Municipal foi empossada em 18 de dezembro de
1799 e, dela, faziam parte os vereadores sargento-mor Manuel José de
Oliveira Guimarães, Francisco Dias Duarte, o capitão José da Silva
Paranhos e o procurador da Câmara Luís José de Carvalho.
Em 1840 Paracatu é elevada à cidade e se torna a cabeça da Comarca de
Paracatu (capital) , que incluía em seu território cidades tais hoje
como Uberlândia, no Triângulo Mineiro, e cidades ao norte de Minas.
Segundo a Revista do Arquivo Público Mineiro, no ano de 1800, a vila
possuía ao todo 17 450 habitantes. Destes, 1 935 eram brancos, 6 335
mulatos livres e 3 637 eram negros livres. Haviam ainda cativos, 327
mulatos e 5 216 negros.
Paracatu é uma das cidades históricas do Estado de Minas Gerais. Tem em torno de seu território cinco quilombos, os quais ainda preservam sua cultura, considerados uns dos mais ricos do estado de Minas Gerais.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Deixe o seu comentário, dúvida ou sugestão.