Numa data muito especial, o presidenciável Aécio Neves fará mais um movimento pela unidade do PSDB. Em conjunto com o governador de Minas Gerais, Antonio Anastasia, o presidente do partido dos tucanos já convidou e recebeu a confirmação da presença do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, como principal orador e homenageado nas festividades de comemoração pelo 111º aniversário do nascimento do prefeito de Belo Horizonte, governador mineiro e presidente da República Juscelino Kubitschek (1902-1976), em Diamantina, interior de Minas, onde ele nasceu.
O gesto é emblemático. Diante da indefinição do ex-governador José Serra, que deixa na ar a possibilidade de sair do PSDB para concorrer à Presidência da República, no próximo ano, por outra legenda, Aécio procura garantir a unidade dos tucanos em São Paulo em torno de seu líder natural. O governador Geraldo Alckmin, apesar de sempre ser cortês com Aécio, ainda não realizou um gesto definitivo de apoio à sua candidatura a presidente. Essa declaração pode, sim, ocorrer em Diamantina, mas nem é isso o que o presidenciável tucano espera dele.
A simples aceitação do convite por Alckmin sinaliza uma pacificação entre as duas maiores seções do PSDB no País. Para Aécio, a festa em memória de Juscelino será mais um momento desse novo tempo, além de ampliar o isolamento de Serra em seu próprio território. Não se espera, é claro, que ela apareça por lá.
O que se quer de Serra, na cúpula do PSDB, é apenas a sua permanência dentro do partido. Calcula-se que ele só irá confirmar essa permanência muito perto da data legal de 4 de outubro para trocas partidárias a tempo de participar das próximas eleições.
Enquanto isso não ocorre, Aécio prossegue nas suas costuras, rodando pelo país ao encontro das bases tucanas e dos representantes partidários como prefeitos e deputados estaduais. Suas próximas paradas, neste missão, são Alagoas e Paraná.
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