segunda-feira, 24 de junho de 2013

PSDB ATRÁS DE UMA BANDEIRA DE VANGUARDA

Ao completar 25 anos, o PSDB, principal partido de oposição, tenta aproveitar o momento de desgate do governo e encontrar uma bandeira para demandas levantadas nas recentes manifestações pelo País. Ainda perdidos sobre o rumo a seguir, os tucanos dizem querer evitar o oportunismo político, mas criticam a gestão Dilma Rousseff e ensaiam discurso com termos como "gestão" e "eficiência" dos serviços públicos, em resposta às cobranças surgidas nos protestos.

"Cabe ao PSDB entender que há coisa nova hoje. Quem está na rua hoje não são os sindicatos ou os trabalhadores, mas um misto de povo não operário e classe média. Basicamente, são eles que o partido representa", disse ao Estado o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que em março declarou que o PSDB precisava de um "banho de povo".

Fora do poder desde 2002 e com três derrotas para o PT na tentativa de voltar ao Planalto, o PSDB se prepara para lançar o senador Aécio Neves (MG) candidato a presidente. Em busca de uma plataforma, iniciou o resgate de bandeiras do partido da Era FHC, entre elas o controle da inflação e as privatizações.

As manifestações dos últimos dias, porém, levaram líderes do PSDB a buscar um ajuste no discurso e a criar uma narrativa palatável para a população. "O PSDB tem de ser liberal do ponto de vista do comportamento, encampando teses novas, e social do ponto de vista do que o Estado tem de fazer, seguindo a visão de um Estado social não corporativo. O desafio é vestir essa roupa e propagar essa ideia. Um partido, ou mesmo seu líder, não tem de seguir a tradição, mas descobrir qual é a melhor vanguarda", disse FHC.

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