Depois de um longo tratamento contra o câncer, iniciado dois anos atrás, foi
anunciada no final da tarde desta terça-feira 5, em Caracas, a morte do
presidente da Venezuela, Hugo Chávez. A comunicação oficial, por rede de
televisão e rádio, foi feita pelo vice-presidente Nicolás Maduro. Mais cedo,
Maduro ordenou a expulsão do país de dois funcionários da embaixada dos Estados
Unidos, acusados de complô contra a democracia. Eles teriam procurado militares
venezuelanos para, segundo Maduro, atentar contra a democracia.
Em Caracas, após o anúncio da morte de Chávez, uma multidão começou a se
aglomerar na frente da sede do governo.
Chávez governou o país, que é o maior produtor de petróleo da região e o 11º
do mundo, nos últimos 14 anos. Ele obteve mudanças constitucionais que
permitiram sua reeleição por duas vezes. Com recursos da exportação do petróleo,
implantou uma série de programas sociais e conseguiu para si próprio forte
sustentação junto as camadas mais pobres da população, que formam a maioria do
País. Definindo-se como líder de um regime bolivariano revolucionário, com o
qual tinha compromisso de estender a outros países, Chávez notabilizou-se por
seus ataques verbais dirigidos aos Estados Unidos. Ele firmou forte aliança com
Cuba, onde escolheu se tratar, e com governos latino-americanos de perfil à
esquerda.
Com o Brasil, Chávez procurou desenvolver laços de amizade pessoal com o
ex-presidente Lula. No governo Dilma, a PDVSA, estatal venezuelana de petróleo,
tentou estabelecer parcerias com a Petrobras.
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