Programas de inclusão social como o estabelecimento de cotas raciais
para acesso ao ensino superior e ocupação do mercado de trabalho, ações
de garantia de renda mínima como o bolsa família e iniciativas para a
compreensão sobre a diversidade sexual e a integração de imigrantes à
sociedade brasileira não são, exatamente, assuntos pelos quais a mídia
de papel representada por jornais como Folha de S. Paulo, O Estado de S.
Paulo e O Globo morra de amores. Ao contrário. Praticamente todos os
dias, o que se pode ler nas páginas desses jornais são ataques a
programas como o ProUni, disparos em série contra o que é visto como
assistencialismo representado pelas ações de concessão de renda como o
Bolsa Família e uma cobertura bastante discreta, e pitoresca, sobre os
direitos das minorias, entre as quais os gays e os imigrantes.
Na boca do presidente Barack Obama, no entanto, temas como esses
ganharam status de bandeiras do melhor do progressismo de uma sociedade
moderna. Dando grande destaque para os trechos do discurso feito ontem,
em Washington D.C., pelo presidente americano durante a cerimônia de sua
segunda posse no cargo, os três jornais coincidiram em elevar as
promessas de redução das diferenças sociais feitas por Obama. Igualdade
foi a palavra chave. Coberto de elogios, o discurso teve destaques nos
trechos em que o presidente frisou a necessidade da redução das
diferenças na sociedade americana.
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