quinta-feira, 10 de novembro de 2011

TRIÂNGULO MINEIRO: ENERGIA COM O BAGAÇO DE CANA

Dentro de quatro anos, as 25 usinas de álcool e açúcar do Triângulo Mineiro deverão atingir a marca de 2.000 MW em capacidade de cogeração de energia a partir do bagaço de cana. Isso é mais do que uma usina de São Simão, a maior hidrelétrica da Cemig, cuja potência instalada é de 1.700 MW. Hoje, as usinas de álcool e açúcar do Triângulo já comercializam 297,5 MW provenientes queima do bagaço da cana. “A região é a maior produtora de energia a partir da cogeração de bagaço de cana em Minas”, diz Luiz Custódio Cotta Martins, presidente do Sindicato da Indústria do Açúcar e do Álcool de Minas Gerais (Siamig/Sindaçúcar-MG).

No Triângulo Mineiro concentram-se 74% da cana moída, 81% do açúcar e 71% do etanol produzidos no estado. Entre 2003 e 2010, o setor investiu R$ 4 bilhões em empreendimentos instalados no Triângulo. Entre outros desafios colocados para o setor está a negociação para a construção da infraestrutura que vai levar a energia das usinas, por linhas de transmissão, ao sistema integrado nacional.

Outros investimentos que estão na pauta de modernização do Triângulo Mineiro – e estão prestes a ser realizados – são a construção do gasoduto que ligará o município de São Carlos, em São Paulo, a Uberaba, e a implantação da fábrica de amônia da Petrobras, que consumirá 1.257 metros cúbicos diários de gás natural para produzir 519 mil toneladas por ano de amônia. O empreendimento foi confirmado pela presidente Dilma Rousseff em janeiro. Quando sair efetivamente do papel, a fábrica da Petrobras vai abastecer a Vale Fertilizantes, a antiga Fosfértil, em Uberaba, adquirida pela mineradora por R$ 3,8 bilhões.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Deixe o seu comentário, dúvida ou sugestão.