A reação do consumo de alumínio, zinco e níquel, metais duramente afetados pelos efeitos da crise financeira mundial até o ano passado, levou a Votorantim Metais a retomar os níveis de produção de suas 13 unidades no país. Com expectativa otimista de crescimento da economia brasileira este ano, a empresa anunciou, na terça-feira, investimentos de R$ 1 bilhão no Brasil. Desse orçamento, R$ 300 milhões serão destinados aos negócios da companhia em Minas Gerais, para atender à ampliação da fábrica de Fortaleza de Minas, no Sul do estado; à modernização de equipamentos nas minas de bauxita (minério de alumínio) de Miraí e Itamarati de Minas, na Zona da Mata, e de Poços de Caldas, também no Sul, e à exploração de novas áreas para produção de zinco em Vazante, no Noroeste do estado.
O diretor-superintendente da Votorantim Metais, João Bosco Silva, informou que a maior parte dos recursos programados no pais – uma fatia de R$ 400 milhões – será aplicada no segmento de produção de alumínio. É nessa área que a empresa tem observado o melhor desempenho, depois do baque provocado pela turbulência na economia. De acordo com o diretor da área de negócios de alumínio, Marco Antonio Palmieri, a demanda já voltou aos níveis pré-crise e os preços recuperaram 30%.
Do volume de investimentos previstos este ano, a Companhia Brasileira de Alumínio (CBA) receberá R$ 240 milhões. As minas de bauxita de Miraí, Itamarati de Minas e Poços de Caldas terão R$ 45 milhões em programas de modernização operacional. A produção de perfis da CBA será ampliada em função do aquecimento da construção civil e das perspectivas do setor com eventos como a Copa do Mundo de 2014.
Projeto mais ambicioso no estado é o níquel em Fortaleza de Minas, onde a Votorantim Metais vinha operando com ociosidade de 50%. Segundo João Bosco Silva, a fábrica começou a receber no fim de 2009 o minério sulfetado extraído pela baiana Mirabela, como parte de um contrato de longo prazo. A produção de níquel contido no estado saltará de 7 mil toneladas para 14 mil toneladas por ano. Toda a produção do metal da companhia saltará de 26 mil para 40 mil toneladas anuais. Um terço desse volume produzido fica no Brasil e a produção de Fortaleza de Minas é exportada para a Finlândia.
Os negócios de zinco contarão com o orçamento de maior peso em Minas, sendo R$ 100 milhões na construção de uma barragem de rejeitos na fábrica de Três Marias, além de inversões adicionais em meio ambiente. No muncípio de Vazante, a Votorantim investirá R$ 10 milhões, este ano, no aumento gradativo da capacidade de produção, agregando direitos minerários comprados da massa falida da antiga mineradora Masa. Não há previsão de retomada do projeto conhecido como Polimetálicos em Juiz de Fora, na Zona da Mata mineira. “Olhando para o mercado mundial, a gente não vê sinais relevantes de melhoria da demanda”, afirmou Bosco Silva. O executivo disse que a China, Índia e Brasil é que reagem mais rápido.
fonte: UAI
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