segunda-feira, 16 de maio de 2016

AÉCIO NOVAMENTE CAI NAS MÃOS DE GILMAR MENDES

O presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Ricardo Lewandowski, encaminhou para o ministro Gilmar Mendes analisar o segundo pedido de abertura de inquérito contra o presidente do PSDB, senador Aécio Neves (PSDB-MG).
Lewandowski acolheu sugestão feita pelo ministro Teori Zavascki que abriu mão da relatoria do pedido da Procuradoria-Geral da República por avaliar que o caso não tem ligação com a Lava Jato.

Essa nova linha de apuração requerida pela PGR trata da maquiagem de dados do Banco Rural para esconder o mensalão mineiro e também tem como alvos o prefeito do Rio Eduardo Paes (PMDB) e o deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP).

Teori e o presidente do Supremo avaliam que o pedido tem ligação com outro inquérito que apura suposto pagamento de propina a Aécio ligado a Furnas. O senador nega envolvimento com as duas irregularidades.
Teori apontou que, apesar dos elementos terem surgido a partir da delação premiada do senador cassado Delcídio do Amaral (ex-PT-MS), não há relação direta com o esquema de corrupção da Petrobras.
Caberá a Gilmar autorizar a abertura desse segundo inquérito envolvendo os três políticos.
Em sua delação, Delcídio afirmou que Paes, à época secretário-geral do PSDB, foi um dos emissários de Aécio na maquiagem dos dados do Banco Rural.

Os dados do banco seriam enviados à CPI dos Correios, que investigava o mensalão e na qual Delcídio foi presidente.
"Ficou sabendo que os dados eram maquiados porque isso lhe fora relatado por Eduardo Paes e o próprio Aécio Neves", disse o ex-senador, em depoimento à Procuradoria-Geral da República.
Sobre o caso de Furnas, Mendes suspendeu a coleta de provas e decidiu pedir que a Procuradoria-Geral da República reavalie o pedido de investigação. A decisão do ministro ocorreu após uma manifestação da defesa do senador alegando que não há elementos novos sobre o episódio que justifiquem a abertura do inquérito.

Ao STF, a defesa do senador disse ainda que "o Tribunal de Contas da União realizou auditoria nos contratos de terceirização da companhia, não tendo constatado indícios de desvio" e afirmou que tinha por função institucional manter contato com a diretoria de Furnas, sem que isso representasse conduta ilícita.

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