A janela partidária abre hoje a dança das cadeiras na Câmara dos Deputados e em todos os parlamentos do país. Nos próximos 30 dias, os detentores de mandato eletivo podem trocar de legenda sem nenhum risco de serem punidos por infidelidade partidária. A mudança foi aprovada no ano passado e deve alterar a composição da Câmara e das assembleias legislativas empossadas há pouco mais de um ano. Muitos parlamentares vão aproveitar a oportunidade para escolher um novo partido de olho nas eleições municipais deste ano, quando serão escolhidos prefeitos e vereadores. Outros já vão mudar pensando em 2018, já que até lá as regras eleitorais podem ser mudadas, como acontece praticamente todo ano que antecede eleições.
Na Câmara dos Deputados a expectativa é de que haja uma movimentação de pelo menos 50 parlamentares. Em Minas Gerais, na Assembleia Legislativa, os próprios deputados apostam em oito a 10 trocas. Na bancada mineira em Brasília, a mudança deve ser menor, no máximo cinco, apostam as especulações. Os números finais só serão conhecidos no fim do prazo, já que muitas das articulações ainda estão em andamento, principalmente quando o motivo da troca é a eleição que se aproxima.
Na Câmara, as conversas são de que o deputado federal Laudívio Carvalho deve deixar o PMDB. O parlamentar foi o único dissidente do partido em Minas na votação de ontem que reconduziu Leonardo Picciani (RJ) à liderança do partido na Casa – candidatura que contou com o aval da presidente Dilma Rousseff. Laudívio apoiava Hugo Mota (PB), candidato de Eduardo Cunha (PMDB-RJ). A derrota de Mota pode precipitar a saída do parlamentar, que tem sido cortejado pelo PSD. A assessoria do deputado diz que não há nenhuma definição nesse sentido.
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