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247 – Em seu melhor momento na corrida para a Presidência da República, o tucano Aécio Neves acaba de sofrer dois golpes em sua retaguarda jurídica e política. No Supremo Tribunal Federal, com relatoria do ministro Dias Toffoli, a maioria acompanhou o relator na quinta-feira 10 e derrubou 100 mil contratações no serviço público feitas durante sua gestão no governo de Minas. Os empregos deverão ser extintos, com um impacto ainda não avaliado sobre a imagem do ex-governador.
No campo político, o problema está com o candidato de Aécio ao governo de Minas, o ex-ministro Pimenta da Veiga. Indiciado pela Polícia Federal pelo crime de lavagem de dinheiro, Pimenta ficou exposto a ataques disparados de várias direções. E Aécio foi levado nesta sexta 11 a comentar o assunto:
— O que é estranho é que depois de cerca de dez anos, quando ele vira pré-candidato, esse assunto surge. Ele já deu esclarecimentos, disse Aécio, referindo-se à denúncia oferecida em 2007 pela Procuradoria-Geral da República, o chamado mensalão mineiro. O caso tem o publicitário Marcos Valério, dono da DNA Propaganda, como pivô.
- O Pimenta é um advogado que trabalhava para inúmeras empresas, entre elas, empresas de comunicação, sobre a qual não recaía nenhuma suspeita. Advogou para essa empresa, recebeu remuneração e declarou no imposto de renda.
No Congresso, a iniciativa liderada por Aécio de investigar a Petrobras pela compra, em 2006, da refinaria de Pasadena, está esbarrando na reaglutinação das forças governistas. O que parecia ser uma fácil instalação de CPI tornou-se o início de um imbróglio para o PSDB e o PSB, com o rebatimento, pelos governistas, de incluir contratos de trens e metrô em São Paulo e Belo Horizonte e o porto de Suape, em Pernambuco.
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